18/09/11

Enfrentar o novo.

Universidade.
A palavra estranha. A palavra terrorífica. A palavra não ansiada. A palavra que custa a proferir. A palavra que dói até em pensamento. A palavra do crescimento. A palavra da maturidade. A palavra de um outro olhar. A palavra de novas vivências. A palavra do conformismo. A palavra da vida nova. 
Já sei o resultado da candidatura, não me surpreendeu, Engenharia Informática. 
Agora, matrículas, praxes, colegas novos, escola nova, mundo novo. 
Tenho o maior dos medos da minha vida em avançar para este mundo e tenho a perfeita noção que este se aproxima mais rápido do que na realidade deveria ser. Pelo menos, sei que tenho o Melo no mesmo curso, o que me descansa ligeiramente, muito ligeiramente. Não costumo ser de destacar no facto de enfrentar novos desafios, mas esperemos que este ano me corra pelo melhor e que nada seja tão difícil como é falado. Sim, porque cada alma que se cruza comigo a quem eu partilho a minnha escolha universitária, faz questão de me tentar deitar abaixo com comentários do género "vais para LEI? Boa sorte, que coragem..." aos quais eu não tenho tendência a reagir da melhor forma, tanto psicologicamente como fisicamente/emocionalmente.

Concluída a 1ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior, vimos informar que o resultado da 
tua candidatura foi o seguinte:
 
  Resultado: Colocada
  Instituição: [1000] Universidade do Minho
  Curso: [9119] Engenharia Informática
 
Não sei o que vai ser da minha vida de aqui para a frente, mas de certo que tudo vai mudar. Tanto para mim,
como para qualquer um dos que, tal como eu, recebeu ontem o tão esperado e-mail com o ansiado resultado.
Boa sorte! (: 

13/08/11

Mãos mergulhadas na tinta.

Bem, tanta coisa se passou desde a última vez que aqui escrevi que nem sei por que ponta pegar para começar a coser.
Para começar vou falar da minha prima. Ela esteve aqui sensivelmente uma semana e notei-a diferente. Não sei explicar muito bem, mas está viciada em compras e com uma futilidade acima do normal. Ponho em causa que seja devido à idade, mas tendo em conta que eu daqui a cinco dias atinjo a idade que ela apenas tem desde há dois meses, faz-me duvidar desta hipótese, certamente. 
O acampamento em Viana. Andei quase um mês a tentar que tivesse autorização para ir, quando, finalmente me disseram um "sim" pus em causa esse desejo. Não fui. Não fui porque, em primeiro lugar teria que chegar obrigatoriamente dois dias mais tarde, visto que estava nos meus avós, nos dois primeiros dias do acampamento. Este facto não me incomodava muito, mas algumas das presenças que se encontravam lá não me agradavam completamente, para não enunciar o facto de que (agora posso parecer um bocado picuinhas, mas na verdade até o sou, sinceramente) casas de banho sem condições mínimas não é comigo nem para mim. Assim, passei esses cinco dias aqui em Braga.
Como é triste ter de permanecer no mesmo lugar durante as férias. Confesso que no ano passado a praia de Ofir me agradou muito, o tempo estava quase como no Algarve (digamos de passagem) e aguentava-se muito bem a manhã entre a areia e o mar. Este ano, nada que se pareça. Há frio, vento, areia pelos ares, água gelada. Resumindo, um fracasso. 
As paredes estão finalmente pintadas. O meu quarto tem duas paredes pintadas de amarelo e duas de castanho claro. Afirmo e reafirmo, FINALMENTE, FINALMENTE, FINALMENTE, aquele espaço de quatro paredes está a compor-se à minha maneira. A pouco e pouco vai atingir a perfeição. 
Para acabar, tenho obrigatoriamente de falar do meu orgulho, de hoje. Os meus meninos lançaram o primeiro single e não me desiludiu em nada. Falo sim, dos One Direction, que garanto que hei-de assistir a um concerto, mas desta vez, só deles, nem que tenha que voltar a Londres para concretizar este "sonho". Não os enuncio como um vício, mas sim como uma admiração e orgulho pela sorte, determinação e talento que aqueles cinco rapazes mais novos/da mesma idade que eu estão a aproveitar totalmente com o máximo profissionalismo. 


"That's what makes you beautiful!" (:


Liam Payne (:
PS: Na quinta estive na Apúlia com a Clara (ela está a passar lá férias) e vimos um rapaz que ao longe era o Liam, completamente. Calções compridos brancos com uma camisa com as mangas dobradas quase até ao cotovelo, às riscas em tons de azul e branco formando quadrados. O cabelo? O cabelo era definitivamente o cabelo do Liam durante o X Factor. A maior desilusão foi com a aproximação deste "Liam" apercebemo-nos que a cara não era igual, ou melhor não tinha nada de parecido. Mas voltando ao plano geral, analisando posições, olhares e tiques, era definitivamente o Liam. O que fez com eu eu e a Clara nos babássemos literalmente para cima da mesa do café onde estávamos. Foi praticamente uma prenda do destino.


(Sim, este é o meu futuro marido (a))

25/07/11

Cores escuras definidas.

Não sei se haverá alguma sensação pior do que exactamente a de me sentir inferior a qualquer ser com que me cruzo. Sei e tenho a perfeita consciência de que ainda não experimentei todas nem sequer algumas das sensações ou sentimentos possíveis, mas por acréscimo a esta com que me deparo hoje, vem a impotência, a impossibilidade de mudar, ou seja, o conformismo. 
Consigo perceber que nem os meus próprios pais, as pessoas mais próximas de mim, afirmam as supostas qualidades de que deveria ser dotada e que qualquer pai defende veemente a sua presença em qualquer filho. E se isso não acontece, é porque realmente, no fundo, tenho razão.
A verdade, é que apesar de ser difícil de admitir e, por vezes, ouvir, já tenho a perfeita noção, já me conformei com o que sou, com o que sempre serei, com o que o futuro me reserva, com o que não posso mudar.
Neste momento, tenho a ligeira impressão de que me descobri mais um pouco e que afinal não sou tão forte como me julgava. Falar é fácil. E quando o centro do problema são os outros é ainda mais fácil.



Não vou fazer com que isto pareça um texto bonito. Não é esse o meu objectivo hoje. E uma certeza eu já tenho: uma faixa de tinta cinzenta vai existir.

03/07/11

Despertar repentino.

É tão bom ter dinheiro à farta para gastar.
Dizem que o dinheiro não é tudo, que o dinheiro não traz felicidade, que há pessoas bem felizes que não têm um cêntimo furado para gastar e outras com os bolsos a abarrotar que não mostram um pingo de bem-estar ou de felicidade. Bem, digamos que não é bem assim. É claro que o dinheiro não é tudo, mas também é claro que o dinheiro traz felicidade. Pode não a trazer por completo, mas dá-nos um cheirinho da sua presença.
A razão pela qual estou a abordar este assunto é o facto de ontem à noite ter ido a uma festa de anos. Mas, não foi uma festa de anos dita "normal", foi uma festa de anos que só quem tem o tal dinheiro que anteriormente referi pode ter, viver e relembrar. Alugar o Sardinha Biba das 21h30 à 1h00 com jantar incluido para cinquenta pessoas, entradas, dois pratos principais, saladas e sobremesas e acima de tudo, bar aberto. Espaço e música de que podiamos usufruir o quanto quisessemos durante aquele período de tempo. Ainda alguém tem a lata de me vir dizer que o dinheiro não traz felicidade? Como é óbvio todos nós fomos bem vestidos, digamos com um vestidinho e sapatinhos de gala. A parte dos sapatos deu-me um bocado mais de trabalho, visto que não encontrei nenhuns para comprar, tive de pedir uns à Maria e acabei por levar uns da minha tia que me eram ligeiramente largos atrás, mas não foi nada que não se aguentasse.
Depois da hora marcada com o fim do aluguer do espaço, são abertas as portas ao resto da comunidade e desenrola-se a dança pela noite fora. Sim, até gostei.

Pelo que tenho visto, sou das únicas pessoas que não tem que fazer mais exames, ou seja, que está de férias. Parece que anda tudo preocupado em levantar as notas dos exames do 11º, o que a mim, penso que não me preocupa. Estou numa fase de relaxamento. Profundamente. Literalmente!

27/06/11

Olhar de frente.


"After all, we're only human."

Enfrentar a realidade.







Qual é o objectivo?
Qual é a vantagem?
Dá algum prazer?
Faz sorrir?
Provoca sentimento de poder?
Sinceramente, ultrapassa-me a razão porque os exames estão, hoje, a atingir tais dificuldades, quando, olhando para os anos passados, tudo era feito quase a brincar. Sim, afirmo que conseguiria, em qualquer exame já realizado ao meu nível actual de escolaridade, obter quase a classificação máxima. Com o exame de hoje, não. 
Há outra hipótese. A minha falta de concentração. Não vou negar que errei exercícios que se estivesse em casa, nãos os erraria de certeza, mas assim aconteceu. Por isso, a culpa não pode recair apenas em quem teve a (in)feliz ideia de elaborar aquele exame, como também recai, sem sombra para dúvidas, em cima de mim. 
Não vou concretizar os meus objectivos. Talvez não acabe o secundário realizada. Ou então, é possível que venha a tentar a segunda fase de exames.
Contudo, se conseguir manter a média actual, talvez não me proponha à segunda fase, visto que, actualmente, a minha lista de cursos possíveis para entrada na Universidade é dotado de uma média bastante inferior à minha, de momento. 
Afinal, não foi com o fim dos exames que me tranquilizei, muito pelo contrário. E é só nestes momentos, que alguém sabe o que é sentir revolta interior, desilusão própria. 
Isto é ter conhecimento do significado de inferior.


22/06/11

Lembranças inexistentes influenciáveis.


   
      É como se a conhecesse desde que me lembro de existir.


E um já foi.

09/06/11

Indicações inconscientes.

E foram mais três anos.
Três anos que me fizeram crescer, crescer muito. Três anos que me mostraram certas e novas realidades do ser humano. Três anos que apagaram qualquer inocência evidente. Foram três anos em que conheci pessoas que nunca esquecerei, seja por um motivo ou por outro. Foram três anos de infinitas indecisões e precipitações. Três anos que me mudaram completamente. Três anos que me construíram e transformaram.  Foram dias, semanas, meses de rotina que tornaram aquele ambiente familiar. 
Foram os três anos do secundário. 
Admito que me arrependi de muita coisa. Muita não, imensa, mais do que possa imaginar. É verdade que faria tudo, sim, sublinho tudo, de forma diferente. Mas no fundo, gostei.
Ainda parece que foi ontem aquele dia em que não aguentava os nervos, O dia em que teria de estar na escola nova, na escola grande, na escola diferente, na minha nova escola, às 9h30 da manhã para a apresentação à nova turma. Foi na senhora à branca, com uma saia branca que me encontrei com a Teresa e a Joana e, rapidamente, nos encaminhámos para dentro do edifício que, a partir daquele dia, seria o nosso abrigo. 
O primeiro encontro não foi do melhor. Quer dizer, foi como o dito "normal". Conhecemos a nossa directora de turma, Assunção Coutinho, que nos disse imediatamente que as nossas vidas teriam de se adaptar a um ritmo diferente. Na verdade, assustou-nos. Recordo-me, assim de repente e numa memória mal formulada e rápida, do João Nuno, depois de a professora de Matemática nos ter mandado sentar por ordem numérica, sentado na segunda fila de mesas, na segunda carteira, atrás de mim, a dirigir-se para a tal professora com um à vontade tremendo, como se sempre a conhecesse. Naquele momento, não fazia ideia de quem seria aquele rapaz, nem de onde vinha.
Muita coisa evoluiu e o décimo ano foi memorável. Sentada na última mesa da primeira fila do lado da janela, vivi dos momentos mais marcantes da minha estadia naquela escola. Foi aí que aprofundei o meu relacionamento com a Teresa, foi aí que construí a minha amizade com o João Nuno, era lá que controlava cada passo, através da janela, do dito cujo que ocupou a maioria do meu tempo naquele ano, foi encostada àquela parede que reflecti sobre tudo, tive conversas sérias e risadas infinitas, das melhores de sempre. Foi lá que fiz o concurso diário de snake da máquina de calcular contra o João Nuno, foi naquele sítio que adormeci nas aulas de biologia... As aulas de biologia. Como eu me lembro da primeira aula de biologia, a aula em que eu pensei "eu até gosto disto, é interessante e diferente", a aula em que me iludi e a partir da qual me desiludi em relação a este aspecto. Mas, sim, foi naquela cadeira que tive vontade de chorar, foi naquela cadeira de desenhei, pensei, sorri, ri, falei e partilhei dos melhores momentos da minha vida, com as pessoas que considero das mais prestigiosas.. Foi naquele sitio, no melhor lugar daquela sala que nasceram Os Mosqueteros, os quais hoje em dia já não são nem relembrados; "vamos formar um grupo? Vamos! Chama-se Los Mosqueteros, sempre quis ter um grupo destes". Sim, foi memorável, foi lindo e único. 
Quanto ao segundo ano que lá vivi, admito que não foi tão agradável. Afinal, nada como o primeiro. Durante o início foi a interiorização obrigatória do esquecimento, da indiferença perante um dos casos que, não vou negar, me marcou mais naquela escola. Nunca me vou esquecer dos momentos que passei por causa dele, não me vou esquecer dos sorrisos que trocámos, das alegrias que ele me provocava inconscientemente. Nunca me vou esquecer daquele brilho, aquele brilho especial, que agora já não existe, mas que eu contemplei, sim, que eu conheço talvez melhor que ninguém, neste mundo.  É de trazer à memória que aquela escola, no meu décimo primeiro ano, era a confusão total. Obras começam, bar muda de instalações, filas misturadas, aulas em contentores, casas-de-banho piores que na idealização, multidão ao rubro, no fundo, bagunça total. Foi um ano de que, sinceramente, não me consigo lembrar ao pormenor, penso que passou relativamente rápido, mais rápido do que este último talvez. 
Décimo Segundo ano. O derradeiro. 
Sinceramente, foi durante este ano que afirmei convincentemente que aquela era a minha escola. Foi um ano de novas decisões, foi um ano de escolhas, de uma alteração, embora mínima, na rotina habitual. Mas foi o ano que vou relembrar para sempre. Conheci pessoas fantásticas. Descobri pessoas menos agradáveis, aprendi a lidar com partes da minha e da personalidade alheia. Conheci-me, de certa forma. Cresci, sim foi o ano em que mais cresci, em que me tornei mais consciente. Foi durante estes dias que fiz daquela turma os meus companheiros de uma das caminhadas com maior importância a nível pessoal. Foi neste ano que os confrontei com realidades, que os conheci, que os interpretei. Foi um ano repleto de surpresas. Era de louvar o dia que não havia uma "novidade" para contar, infelizmente. Depois da surpresa, vem a aceitação, o conformismo em relação aos outros. Poderia ter sido melhor, mas foi muito bom. 
Agora acabou. O último dia foi despachado, sem grande noção ou percepção do que nos espera. Mas acabou. Acabou a luta pelas médias, acabou a rotina. E agora é que tudo se vai pôr à prova. Agora é que se vai ver o que realmente é/foi verdadeiro. 
A partir de hoje, a Carlos Amarante não é mais a minha escola. Aqueles que me acompanharam durante três anos não são mais os meus colegas de turma. Tudo vai mudar e vai haver certos momentos, certas caras que não vão permanecer na minha memória por muito mais tempo. Tudo vai mudar.

O 11º ano, 2009/2010  (falta gente do 12º)


Não, não sei se me considero triste ou apenas em fase de lamentações. 

08/06/11

Início do sonho.

E é já amanhã.
Não sei se respire de alívio. Não sei se deixe escorrer uma lágrima de saudade. Não sei nada. Não sei o que me espera. Não sei o que acabou.

06/06/11

Adormecendo.


      

"But I never told you what I should have said. No, I never told you, I just held it in."
Há coisas fantásticas, não há? (:


04/06/11

Fechar os olhos.

Tal como eu previ, as consequências negativas já começaram a fazer notar a sua presença.

Nuca na parede.


Assemelharme-ei a Padre Bartolomeu Lourenço?
Conseguirei ser Belimunda perante mim mesma?
Terei a coragem e a determinação de Baltasar?

Cola seca.

Sonho. Ballet. Gulbenkian. Arrependimento. Recordações.
Mais uma sessão. Jantar de grupo. Conversa sem fim com a Inês S. Interessante. Gostei.
Tenho a percepção de que tudo está a andar à roda. Não quero, com isto, dizer, que as realidades se assemelham a um ciclo, mas sim, a um caminho sem fim e sem objectivos concretos em que nada está completamente definido.
Começando a enunciar, posso desde já afirmar que me sinto mais-que-arrependida, se é que isto existe, do que fiz ontem. Apesar de ter quase a total certeza de que "quem não deve saber" não tem qualquer conhecimento sobre o assunto, nem o põe em causa, parece, que talvez umas atitudes inconscientes venham à tona. Hoje foi estranho, não foi igual. E apesar de, nos dias de hoje, já nada esperar de seres alheios, achei peculiar a maneira como hoje nem me olhou, pelo menos até à minha intervenção.
O Daniel disse-me que o André tem , por vezes, atitudes que "fartam", atitudes que nem sempre é possível estar disposto a suportar. Mais uma vez, não planeava nada disto. Sim, mais uma vez, foi estranho. 
O próprio André também estava fora do normal, apesar de o meu instinto me comunicar que tem a ver com as palavras curtas que o Daniel partilhou comigo. 
Mais um aspecto que tenho a apontar é a relação do Melo e do André. As dimensões daqueles sentimentos/palavras/atitudes excedem o previsível e até o aceitável, visto que estamos perante dois seres que apenas existem, se desenhados.
Histeria da Carlinha. Sem palavras. 
Daniela G, caso perdido. Essa é mais uma das almas que ainda não se apercebeu que deveria, antes de qualquer coisa, abrir os olhos e projectar o seu olhar em direcção a algo que a conseguisse conduzir a um caminho favorável.
A verdade, é que nesta noite, contavam-se pelos dedos de uma mão, o dito de "comum" e expectante. 


Visto de fora é tudo muito bonito.
Aparentemente a cola é tal e qual qualquer outra acabada de abrir.


03/06/11

Arrancar voluntariamente uma página.

Ilegalidades.
Porque é que custa tanto quebrar as normas?
Era tudo tão mais fácil se nos regêssemos apenas pelas emoções. Se a racionalização fosse meramente subjectiva, não teríamos qualquer "peso na consciência", por, por mero acaso, intencionalmente cometer um crime.
Sinceramente, parecia que o destino me empurrava naquela direcção. Foi repentino. Foi instintivo. Foi como que leitura de pensamentos. Foi como se visse, mais uma vez e por mais estranho que pareça, para além do que é suposto ter acesso. Foi como se tudo me pertencesse. Como se eu fosse capaz de ver, de contemplar qualquer canto de cada ser que me rodeia. Ao mesmo tempo, foi estranho. Sim, estranho.
Mas mesmo arrependida, arrependida não é bem o termo, é mais surpreendida, avancei em direcção à forca. Envolvi-me de tal maneira na corda que agora, duvido que seja capaz de a apagar da minha história pessoal.
A acrescentar a isto, tenho a sensação que tudo isto vai ter consequências negativas. Tanto para um lado como para o outro. Para todos os lados. A informação está suspensa no mais frágil e quebradiço recipiente que poderia estar.O que faz com que me sinta cada vez mais inútil.

01/06/11

Catálogo.

Tenho andado um bocado afastada, mas a verdade é que nada de relativamente interessante tem acontecido. 
  • Já se acabaram as apresentações de trabalhos;
  • Só falta um teste: Matemática; 
  • Três dias depois de o concluir acabam as aulas;
  • Exames;
  • Matemática, Português e, mais uma vez, Física e Química. 
Tenho de me organizar e durante duas semanas, não farei mais nada se não estar com os livros à frente. Nada mais vai importar. A primeira fase de exames me espera. 
Madrid ainda está em suspenso.

29/05/11

Papel de Parede?

Deve ser muito difícil. Admiro-a. Ela é forte. Persistente. Sofre. Sofre muito. Chora. Mas conseguiu. E no fim e apesar de tudo, está tranquila. Deve custar muito.

A verdade, é que eu nunca faria tal coisa, nas condições em que ela se encontrava. Não seria capaz. Tanto não conseguiria lidar com o montão de perguntas e respostas que surgiriam, como estaria para além de mim enfrentar as expressões faciais que o assunto provocaria.
Mas a Clara, não. A Clara tomou uma decisão e levou-a até ao fim. É um exemplo. Um exemplo de que mesmo que o sucedido não esteja a nosso favor, devemos sempre enfrentá-lo, devemos sempre mostrar aos outros o tamanho do nosso sentimento por eles, sejam eles quem sejam, e assim tornar o nosso caminho, num caminho iluminado, num caminho que não tem segredos nem dúvidas. E ela não está arrependida. Sinceramente, também não me arrependo de não a ter impedido de o fazer. Não, o resultado não foi o programado, mas não deixou de ser parcialmente agradável. E por mais que, nestes dias, os seus olhos reflictam o seu sofrimento, isto vai passar. Vai passar e vai tornar-se num momento bom de recordar. Vai ter boas consequências. E disso eu tenho a certeza. Mesmo.



Representações repetidas.

28/05/11

Levar as mãos à cabeça.

"E deixam de ser amigas assim de um dia para o outro?"
Não. Não foi de um dia para o outro. Não, ela já não é minha amiga. Foi das pessoas que mais me/nos desiludiu. E ontem, fez questão de recalcar esta opinião. Depois de ter passado o jantar todo calada e isolada apenas porque foi contrariada acerca do restaurante, teve a lata de ir embora, ir ter com os amigos, passar e fingir que não viu. Muito bom. Óptimo. Não me afecta minimamente, mas a maioria das pessoas não tem o verdadeiro conhecimento da pessoa que ela é.

Carlinhos dos Ídolos no Bragaparque! Fomos a correr atrás dele, tiramos uma foto e falamos com ele. Oh meu Deus, o João vai-me matar por ter posto a foto no facebook, mas eu tinha mesmo de partilhar aquela relíquia!

Sim, até que gostei da noite.

Sessão do grupo. Gostei da sessão. Mas o meu problema não é esse. O meu maior problema é ter capacidade para falar em público. É conseguir partilhar os meus pensamentos em voz alta. É dar-me a conhecer. É mostrar o que passa a cada momento na minha cabeça. Por mais que tente, não consigo ultrapassar isso. E é das realidades que mais me incomoda e que mais me desilude em relação a mim mesma.

25/05/11

Realidade: deformação lateral.

Não, hoje não estou nada para aqui virada. Mas sinto necessidade, tenho que partilhar isto, mesmo sabendo que esta história não vai significar nada para mais ninguém. E mesmo sabendo que fui completamente proibida de falar neste assunto, fosse a quem fosse. 
Bomba.
Conclusões: o Melo precisa de acompanhamento psicológico. Ou melhor, não precisaria se à volta dele estivessem as pessoas certas, estivesse quem realmente o confrontasse com as realidades e não tivesse qualquer receio em mostrar-lhe claramente os seus erros. E digo isto, porque são erros graves. São erros que envolvem sentimentos. Sentimentos alheios. Sentimentos que nem ele, nem ninguém, tem direito de tratar como "tijolos". Sentimentos verdadeiros. Sentimentos que ele, até hoje, desconhece o que os envolve, o que os provoca. Sentimentos que ele julga ter percepção, mas que para ele, não passam de simples emoções. Emoções das quais toma consciência, mas com um tempo máximo de três meses.
A minha maior vontade? A minha maior vontade é ser eu mesma a tomar as atitudes que lhe faltam. É ser eu a agir, já que me acho a única com coragem/estatuto para tal. Mas, e neste caso há um "mas" bem relevante, não é suposto eu saber de uma linha desta história. Acima de qualquer coisa, eu não sei de nada. 
O André é um fraco. É um Melodependente. Tem a mania e julga-se importante na vida do Melo, quando nem ele nem ninguém que o rodeia é capaz de lhe dizer tudo o que pensa acerca das suas atitudes. Isto, para mim, não é ser amigo. Não é ser nada. Melhor, é ser pior que nada.
Não vou julgar ninguém. Não julgo ninguém. 
Mas isto, é justo?

Dois quilómetros e quatrocentos metros. A correr. Foi muito bom. 
Trabalho de Área de Projecto. Realidades desconhecidas. Realidades Chocantes. Situações inacreditáveis. Espero que consiga tratar a informação com pormenor e conseguir obter um resultado final como o que já idealizei.
E Madrid?

23/05/11

Paredes Manchadas.

Estou completamente estoirada.
Acho que hoje fiz mais exercício do que em algumas semanas seguidas.
Estou cheia de sono, transbordo calor dos poros e não seguro as pálpebras.
Mas hoje, hoje relembrei alguns momentos.
Hoje vi, mais uma vez, a Teresa chorar.
Hoje comi morangos.
Hoje andei de cabelo apanhado.

1- Pelo que li, num outro blogue, hoje faz um ano que a Índia morreu. Faz um ano que uma criança de seis anos foi morta pelo seu próprio pai, depois de assistir à morte da mãe. Faz um ano que me apercebo que uma das pessoas mais importantes para mim (mesmo sendo este facto das sensações mais estranhas que vivi, mesmo sem saber como isto pôde ser possível) está no auge do sofrimento. Sim, é verdade que nunca o vi sofrer tanto com alguma coisa. Mas na altura, eu não sabia disto. Hoje, hoje sei que sofreu, sim, talvez mais, muito mais. Há um ano atrás, nada mais percorria a minha cabeça a não ser o seu estado de espírito. Há um ano atrás não conseguia fechar os olhos sem o imaginar à minha frente, sem o imaginar envolvido num abraço que transmitia toda a minha força para os seus músculos. Como tal não era possível, tentei retratar esta força num papel, e pelos vistos consegui. Fico feliz por isso, fico feliz, porque sei que valeu a pena. Sei que, daquela vez, marquei alguém, marquei algum momento, fiz a diferença na vida de alguém que precisava de mim. Na vida de alguém que já afirmou que sem a minha acção anterior nada teria sido o mesmo.
Actualmente, não faço ideia se relembrou tal facto. Tenho a certeza que sim. Tenho a certeza que pelo menos uma lágrima percorreu aquele rosto. Tenho a certeza que aquela folha de papel foi contemplada mais uma vez. Mas, sinceramente, gostava de o olhar nos olhos. 

2- "And high up above or down below when you're too in love to let it go, but if you never try, you'll never know just what you're worth." É bem verdade. E ela não sabe o que vale. Chora, re-chora e volta a chorar. E porquê? Nem vale de nada perguntar. Apenas uma representação, uma figura, uma palavra, apenas aqueles momentos se apoderam dela, da sua fraqueza interior corroendo cada veia por onde o seu sangue corre fugazmente borbulhando, cada vez que o assunto é literalmente transposto para palavras. No fundo, isto também me deixa mal. Também me deixa sem jeito. Também me deixa sem saber o que rematar a seu favor. Também me deixa no meio do deserto a tentar descobrir as diferenças entre dois grãos de areia. Também me deixa sem saber qual deles é que meto no bolso. Deixa-me sem saber qual deles pesa mais. Sem saber qual é que me faria reviver tudo. Qual deles ocuparia mais espaço.

22/05/11

Recalcar.

London Skies - Jamie Cullum


Paint a picture
Clear cut and pale on a cold winters day
Shapes and cool light wonder the streets like an army of strays
On a cold winters day


Will you let me romanticize
The beauty in our London skies
You know the sunlight always shines
Behind the clouds of London skies


Patient moments chill to the bone under infinite grey
Vision hindered mist settling low like a ghostly ballet
On a cold winter's day


Will you let me romanticize
The beauty in our London skies
You know the sunlight always shines
Behind the clouds of London skies


Nothing is certain except everything you know can change
Worship the sun but now
Can you fall for the rain


Will you let me romanticize
The beauty in our London skies
You know the sunlight always shines
Behind the clouds of London skies.


I want to be there, again. (:

21/05/11

Cimentar.

Porque é que é tão difícil conhecer a verdadeira identidade das pessoas?
Porque é que nem toda a gente é transparente?
Porque é que as diferentes presenças nos influenciam os comportamentos?
Porque é que as nossas reacções afectam os outros?
Porque é que as maneiras de agir dos outros nos afectam?
Porque é que o que deveria estar longe, aparece perto?
Porque é que o queremos junto a nós, não é automaticamente atraído?
Porque é que não nos manifestamos apenas em relação ao que nos interessa positivamente?
Porque é que somos incapazes/impossibilitados de mostrar os sentimentos?
Porque é que o facto de sermos capazes de sentir não é uma qualidade do ser humano?
Porque é que o nosso caminho depende das nossas escolhas?
Porque é que não podemos ser genuínos?
Porque é que as opiniões dos que nos rodeiam são importantes?
Porque é que não aceitamos as diferentes características sem julgar?
Porque é que pensamos de maneiras diferentes sem fundamento?
Porque é que somos obrigados a conformar-nos com as acções alheias?
Porque é que não vivemos num mundo de príncipes e princesas?
Porque é que não há um monte de castelos de pedra?
Porque é que não se vêem cavalos brancos na rua?
Porque é que não me vejo no meu reflexo?

Buracos Escondidos.


Concluindo que não se nomeia de convergente, nem divergente. É apenas pensamento. 
É uma emoção, não um sentimento. 
Uma emoção intemporal, tal como todas as outras, que, sem eu me aperceber, me vai abandonar. 

19/05/11

Abrindo as janelas.

As preces foram ouvidas e não chegou a cair uma gota de chuva durante a estadia na avenida central para assistir ao jogo. Mas, como não se pode ter tudo e há sempre algo que nos deixa a desejar, o Braga não saíu vitorioso. Fomos presenteados com o magnífico resultado de 1-0, no qual o número com menor valor nos pertenceu. 
Admito que não fiquei contente. 
Bem, ultrapassando este triste facto com o qual teremos de continuar a lidar, pelo menos durante mais uma semaninha, vou direccionar o assunto para outro ponto. No início do jogo, o Melo surpreendeu-me com a sua presença, permanecendo juntamente do Gonçalo, Pedro, Catty e Tiago, a meu lado. Sim, admito que me surpreendi com a reacção dele, fez-me relembrar os tempo em que nos conhecemos. 
Corroborando as teses da Clara, o Pedro tem mesmo reacções de criança. É verdade que dá para rir, mas muitas das vezes também é ligeiramente deprimente. Apesar disto, não deixa de ser simpático e minimamente acessível. Continuando com este assunto, a Clara, mal sentiu a presença do Pedro, afastou-se de mim e da Sofia, mantendo-se durante todo o jogo a uma distância, de sensivelmente quatro pessoas de nós. Completamente inacreditável. 
O Gonçalo quase que chorou com o resultado final. Mas não foi o único, todos eles mostraram descontentamento, ou melhor, não mostraram, simplesmente porque o silêncio reinou naquela avenida para aí durante uns três minutos seguidos, após o fim do jogo. 
Consegui estar com o Melo como se "nada tivesse acontecido". Sei que a nossa amizade nunca vai ser o que foi durante aqueles tempos, mas ao menos, já me sinto bem com a sua presença e sim, tenho conversas com ele, o que me deixa com muito mais agrado.
Passados uns minutos do jogo se dar por terminado, todos começaram a abandonar os lugares, tendo apenas ficado no recinto, eu, a Clara, o Pedro e a Catty. Sim, o Melo deixou-me sozinha com o Pedro e a Catty! Por isto, vivi um dos momentos mais estranhos da minha vida. Não havia qualquer assunto que podia ser partilhado. Não me ocorria nada interessante para atirar para o ar. O Pedro apenas manifestava simples expressões baratas sem sentido, às quais a Clara respondia sempre com um mero "pois.." ou apenas o insultava de forma carinhosa. Eu, motivada para, pelo menos, tentar trocar umas breves palavras com a Catty, encontro esta com os olhos postos no telemóvel, a todo o momento. Arranjada uma solução pela irmã da Clara (13 anos, que também nos tinha acompanhado naquela noite), fomos ao McDonalds com o intuito de eles comprarem um cheeseburger. E assim o fizeram. Posto isto, viemos embora.

Hoje, estava, mais uma vez, a almoçar com a Teresa em frente ao bragaparque e somos surpreendidas com a presença do Melo. Mais uma vez, não foi nada estranho. Tudo está a tomar um rumo normal e acho que já estava na altura de isto acontecer. A acrescentar, cruzámonos, também, com a Dânia e com o Tiago, o qual nos acompanhou durante quase todo o percurso até à escola, mantendo uma conversa agradável e, pelo que ele diz, aparecemos na televisão, quando estavamos na avenida a assistir ao jogo.
O André mostra, a cada dia que passa, ter uma personalidade ainda mais fraca do que o esperado.


Hoje, apercebi-me que o fecho da minha pulseira tem gravado a palavra Luz (:

18/05/11

Canto direito: vermelho.

Tudo à minha volta está parcialmente da cor do sangue.
Não é que eu atribua muita importância a este tipo de coisas, mas a verdade é que, talvez enquanto eu for viva, este facto não se volte a repetir. 
Temos o Sporting de Braga na final da taça UEFA e cheira-me que esta cidade vai parar durante duas horas, pelo menos. 
Tenho fé que se o resultado for positivo para o nosso lado, façam do dia de amanhã um feriado, pois assim, também se dava uma pequena prenda aos adeptos (ou lá que nome lhes queiram atribuir) que tanto berraram e tanto dinheirinho despendiaram em prol deste clube, do nosso clube. 
Claro que não me nomeio adepta de qualquer clube de futebol, mas também é óbvio que se a equipa da minha cidade natal fosse campeã, (ainda por cima tendo como adversários aqueles que se julgam os melhores), não ficaria nada descontente.
Esperemos que durante o jogo não caia uma gota de chuva e que o chão da avenida central se encontre sequinho e limpinho para me receber.

16/05/11

Olhadela para o tecto.


Ainda bem que andam bicicletas em contra-mão, na estrada.
Ainda bem que andam bicicletas sem travões, na estrada.
Ainda bem que eu estava numa passadeira.
Ainda bem que fui atropelada por uma dessas bicicletas.
            Ainda bem que estava a ouvir Justin Bieber.


14/05/11

Surpresa presencial.

Parece que, pelos vistos, abriu os olhos. 
Confrontou-me, mesmo frente a frente, com o facto de não cruzar o meu olhar com o dele, com o facto de não me ver interessada em dirigir-lhe uma palavra. 
Segundo ele, eu tinha a culpa de tais acontecimentos. 
Não foi uma conversa séria, não. Mas foi uma conversa que era necessário ter acontecido, muito necessário. 

Apesar disto, tenho uma necessidade interior de lhe mostrar o quanto a presença constante dele me faz falta. Mas, da maneira como tudo está indicado, isso não acontecerá, pelo menos tão cedo. E depois, poderá ser tarde demais. 

Em relação à Teresa, o caso ainda se agravou. Não se dignou a falar com ela, apenas a despedir-se e a mandar uma boca "para o ar", apenas para ser ouvido. Neste caso, nem a íris foi apreciada. 
Isto custa. Mas custa, não só por causa de tudo o que aquela personagem tem feito, mas sim, porque a Teresa sofre com isso. E sofre muito. Ela não mostra, não se manifesta, ou melhor, manifesta-se, mas não em quantidade suficiente que se possa igual ou sequer assemelhar ao que ela sente. 
Não é uma situação fácil, para ninguém.

Diversas tonalidades.


E quem disse que viver é fácil?
Hoje, a professora de psicologia esteve a falar acerca do que nós ensinávamos ao nosso cérebro, o que nós fazíamos para ser completamente felizes. Bem, pensar? Isso é apenas antes de agir. Depois de tomada a decisão, levamo-la até ao fim, sem interrupções, ou seja, sem desistências e sem retrocessos. Não vale de nada pormos de parte o que nos faz feliz devido a algum adamastor que se atravessa no nosso caminho. As dificuldades são para superar, mas sempre, sem nunca pôr em causa atingir o objectivo da nossa decisão. Sim, custa. Mas, e quem disse que viver é fácil?

Batendo mais uma vez no assunto amizades, o Melo começou a falar no msn, claro, apenas para fazer uma chamada de horas que tinha como tema principal “A Escolha da Música para o Sarau.”. É claro que, nestas alturas, há sempre alguém a quem ele recorre. Eu. Para além desta, mais alguma? Claro que não.
Segundo o João Nuno, se tal situação fosse vivida por ele, o Melo já teria ouvido umas boas palavras, por mais que não quisesse. Mas eu sei, eu sei que não vale a pena. O que é momentâneo, é tal e qual o que a palavra reflecte, vivido apenas no momento, durando apenas e só, aquele momento. E isto, não merece qualquer pena.

A Sofia. A Sofia é uma das pessoas com quem eu me sinto melhor, neste mundo. Acho que, depois de tudo o que nós já passamos, nada vai fazer com que nos separemos para sempre. Ela vai ser sempre a minha Sofia. Gosto demasiado dela e já estivemos imenso tempo afastadas, para eu deixar que algo de mal aconteça. Ela merece tudo de bom, merece tudo do melhor, mas nem sempre temos o que merecemos, ao contrário do que enuncia o tão famoso provérbio. A Sofia deixou-se levar pelas pessoas erradas. A Andreia. A Lídia. Quanto à primeira, não deixa de ser minha amiga, apesar de já nada ser o que era. A segunda, sempre tive a mesma opinião dela, falsidade a predomina.
As minhas teorias vêm a confirmar-se quando a própria Sofia me telefona a comunicar que as tão amigas dela, a tinham deixado sozinha, pelo menos por duas vezes, à espera do autocarro. Trocando por miúdos, entraram no autocarro sem ela e partiram, sabendo que esta iria realizar o mesmo percurso que elas, exactamente à mesma hora.
E isto, chama-se amizade?
Para mim, e tal como para a Sofia, há gente que não merece o nosso esforço. Sim, pode-se manter um certo contacto, mas nada mais que um pouco de confiança superficial. De resto e para o resto, estão aqueles, aqueles a quem se telefona, mesmo passado algum tempo sem desfrutar da sua presença, para desabafar, para ouvir chorar e para viver connosco o que sentimos.

O Convento de Mafra é dos melhores monumentos de Portugal, sem qualquer dúvida.
O Memorial do Convento é respeitado por mim.

O que conta, é o hoje, é o agora. Porque afinal só ele é que existe.

08/05/11

Bom caminho: tons claros.

Bem, pelo menos espero que com algum esforço, o dito normal se aproxime. Sim, foi reconfortante, passado um mês, trocar algumas palavras com ele. 
O André está cada vez mais "dedicado" à Teresa. Mal nota a ausência dela, aproxima-se imediatamente para tentar estar informado. É mesmo bom, quando se sente que apenas vêm falar connosco devido à presença/ausência de outras pessoas. Mas, quanto a isso, já quase que me habituei. É tal como a uma rotina diária que tenho de encarar.

Vi Os Azeitonas ao vivo no primeiro dia do Enterro da Gata' 11! Foi mesmo, mesmo como eu estava a espera, eles são muito bons. Apesar da incansável chuva não me ter largado a noite inteira e de o resultado disso terem sido os meus dois banhos de ontem (tendo sido só um deles na banheira), foi como que um consolo poder ouvir a "Anda Comigo Ver os Aviões" debaixo das gotas da chuva e cantá-la ao mesmo tempo que o vocalista, que diga-se de passagem, tinha uns arzinhos de John Mayer. 
À última da hora, os pais da Teresa não a deixaram ir, ou seja, fiquei a noite toda com a Joana Botelho, o João Nuno, a Joana, o Neto, a Natália e a Daniela. Não foi mau de todo. 
Quanto ao Rui Veloso, não vi o concerto até ao fim, a chuva tornou o ambiente um pouco desconfortável e acabei por me vir embora. Mas sim, também desfrutei da sensação de cantar a Nunca Me Esqueci de Ti e a Todo o Tempo do Mundo (entre outras, claro) debaixo do chuveiro natural que nos fazia companhia. Sim, gostei. 


E disto, nunca me vou esquecer.

06/05/11

Conclusões precárias.

Afinal, há coisas que acontecem como eu menos espero. Muitas coisas, muitas, muitas coisas.

05/05/11

Influências alheias.

Se a irresponsabilidade fosse crime, já não usufruía da presença da minha professora de Química, quase todos os dias da semana. 
Realmente, é de louvar a capacidade de chegar atrasada que aquela menina tem. Sei que não posso falar muito de alto, mas ela tem um estatuto bem diferente do meu, diga-se de passagem. A acrescentar a isto ainda temos a "reduzida" hesitação a que somos sujeitos enquanto esta tenta explicar o programa da disciplina que temos de interiorizar. E passo a citar a constante insistência, da parte dela, em se assemelhar aos alunos. 
Ao menos, com isto, ainda se consegue colocar no nosso lugar e ter a decência de não marcar falta a nenhum de nós, por nos termos vindo embora, depois de recebermos a informação que meia hora depois do toque de entrada, afinal  a nossa querida professora, apareceu! 
Apenas consigo concluir um ideal: aquilo que for o meu futuro, aquilo que eu fizer durante a minha vida, hei-de fazê-lo com competência, hei-de tentar ter noção do meu estatuto e comportar-me de acordo com tal.



Daqui a umas horas vou tentar resolver uma das minhas maiores preocupações.

02/05/11

Dar um passo à frente.

Oh, eu de uma coisa tenho toda a certeza. Tenho a Teresa comigo para tudo.
E ela, é a única capaz de me dizer, olhando-me nos olhos, que gosta mesmo de mim. (:

01/05/11

Encostar-me à parede.

Há situações que me ultrapassam. 
É de tal forma fantástico pensar e concluir que tudo o que fazes é desprovido de qualquer valor possível. 
É, mais uma vez, fantástico, aperceberes-te de que nada nem ninguém está a teu favor, de que nada nem ninguém te acompanha, que estás contigo e só contigo e que apenas tens um lugar fixo para observar, o teu interior. 

Acho que tenho, nem que seja uma noção, da quantidade exagerada de características consideradas defeitos que fazem parte de mim. Também, se não a tiver, tenho a certeza que alguém ou que alguma situação me vai fazer questão de mostrar e de dar a entender. 
Diariamente lido com isto. 
É costume afirmar que depois de se repetir constantemente algo em que se acredita, essa situação passa a ser considerada verdade, tanto para nós próprios como para quem nos ouve/rodeia. E realmente é isso que se passa. Hoje em dia, tenho noção que é verdade tudo o que dizem ou pensam acerca de mim. Não sou uma pessoa fácil de gostar e as evidências o provam. Não sou uma pessoa fácil de conhecer. Não sou uma pessoa acessível. Não sou uma pessoa que dá tudo dela própria para atingir o que realmente quer. Não sou uma pessoa com objectivos. Não penso. Ou melhor, não raciocino. Não sou definida.
E suma, não sei quem sou. E se algum dia souber, vai ter que ser longe de julgamentos e depressões.

Tenho o cabelo comprido, mas mesmo assim, consigo afirmar com todas as letras, que estou pelas pontas dos cabelos com o ambiente familiar em que vivo.

Instinto Cromático.


Há coisas que marcam. Nem que seja pela simplicidade da fantasia com que são vividas.

30/04/11

Excluir a hipótese da repetição.

Não me considero muito exigente. 
Apenas gosto de me sentir confortável. 
E por mais estranho que pareça, há situações, como por exemplo o percurso de hoje até ao bragaparque, o qual já repeti vezes sem conta com aquelas pessoas, que, por vezes, servem para despertar certas conclusões em relação a determinadas palavras já proferidas. 

29/04/11

Olhar pelo lado de fora.

Quero, quero, quero e quero sair daqui. (Acho que) Tomei uma decisão. Vou para Lisboa. Ou melhor, pelo menos sei que vou concorrer para lá, nem que tenha de ser sem o conhecimento prévio da minha mãe. Sinto necessidade de me afastar de tudo e de todos com quem estou na escola, isto porque sei que não vou sentir a falta de ninguém, quando os vir pelas costas. 
Não estou presa a nenhum deles. Não gosto de ninguém nem sinto que nenhum deles goste mesmo de mim. No meio da comunidade escolar onde me insiro e que me acompanha diariamente sinto-me como uma intrusa de que nenhuma alma nota presença/falta. 
Foi, definitivamente má escolha frequentar aquela escola, em todos os aspectos.

Ontem estive com a Sofia. Sinto-me mesmo bem com ela. Eu gosto mesmo dela e de sentir a sua presença, tal e qual como antes. Ela conhece-me.
Para ser sincera, chego a sentir falta das pessoas e dos tempos da André Soares.
 

"I'm living in a strange world, strange world, strange world."

Hoje o Melo não estava bem. Notava-se a léguas. Não falava com ninguém, apenas com quem o solicitava. Para me dar mais um argumento para corroborar a minha tese, ele nem me dirigiu a palavra. Não fiz por isso, também. Primeiro, porque ele não se tem preocupado minimamente em manter qualquer contacto comigo, segundo, porque ele sabe que se precisar de alguma coisa vou estar sempre pronta para o ouvir e se ele não toma iniciativa de falar sobre o que o preocupa, não, eu não o vou confrontar com o assunto, por mais que me custe. E terceiro, porque me parece que há situações em que um olhar basta. E esta poderia e deveria ser uma delas.

24/04/11

Ambiente satisfatório.


"Em setenta e seis anos de vida, este é o melhor bolo que eu já comi. E digo-o com toda a certeza."
Acho que é por ouvir este tipo de afirmações do meu avô, que vale a pena estar aqui, nem que seja por uns dias, e esforçar-me para conseguir concretizar com sucesso qualquer tarefa, mesmo que seja um simples e mero bolo para sobremesa do almoço de Páscoa. (: