29/04/11

Olhar pelo lado de fora.

Quero, quero, quero e quero sair daqui. (Acho que) Tomei uma decisão. Vou para Lisboa. Ou melhor, pelo menos sei que vou concorrer para lá, nem que tenha de ser sem o conhecimento prévio da minha mãe. Sinto necessidade de me afastar de tudo e de todos com quem estou na escola, isto porque sei que não vou sentir a falta de ninguém, quando os vir pelas costas. 
Não estou presa a nenhum deles. Não gosto de ninguém nem sinto que nenhum deles goste mesmo de mim. No meio da comunidade escolar onde me insiro e que me acompanha diariamente sinto-me como uma intrusa de que nenhuma alma nota presença/falta. 
Foi, definitivamente má escolha frequentar aquela escola, em todos os aspectos.

Ontem estive com a Sofia. Sinto-me mesmo bem com ela. Eu gosto mesmo dela e de sentir a sua presença, tal e qual como antes. Ela conhece-me.
Para ser sincera, chego a sentir falta das pessoas e dos tempos da André Soares.
 

"I'm living in a strange world, strange world, strange world."

Hoje o Melo não estava bem. Notava-se a léguas. Não falava com ninguém, apenas com quem o solicitava. Para me dar mais um argumento para corroborar a minha tese, ele nem me dirigiu a palavra. Não fiz por isso, também. Primeiro, porque ele não se tem preocupado minimamente em manter qualquer contacto comigo, segundo, porque ele sabe que se precisar de alguma coisa vou estar sempre pronta para o ouvir e se ele não toma iniciativa de falar sobre o que o preocupa, não, eu não o vou confrontar com o assunto, por mais que me custe. E terceiro, porque me parece que há situações em que um olhar basta. E esta poderia e deveria ser uma delas.