21/04/11

Antes de mais, afastar os móveis.

Há muito que não o faço e agora surgiu-me uma vontade incompreensível e incontrolável de o fazer.
Acho que podem ser aquelas conversas com a Maria que me fazem retroceder e ver a minhas vivências passadas, desta vez, do lado de fora. Não me vou queixar, não. Eu gosto. Mas, de certa forma (não vou acabar esta frase)...
A Maria é mesmo o meu amparo. É verdade que estou com ela muito poucas vezes, que se conta pelos dedos das mãos as vezes que a vejo durante um ano, mas, para ser sincera, isso não tem qualquer relevância. A realidade é que as conversas com ela me fazem crescer, me fazem conhecer. Ela é mesmo uma parte do meu reflexo. Valorizo-a muito. Ou pelo menos tento.

Um dia. Talvez um dia seja capaz de ouvir esta lengalenga contada por mim. Talvez um dia consiga partilhá-la com quem devo, e até comigo mesma. Talvez um dia (me) dê a conhecer (e num tom de voz bem alto) o que realmente acontece nos meus pensamentos. Até lá, não abro a boca. Não me pronuncio. Concordo. Sou o meu eu aparentemente estável e conformado. Estou bem. Porque realmente estou. Eu sei.