19/05/11

Abrindo as janelas.

As preces foram ouvidas e não chegou a cair uma gota de chuva durante a estadia na avenida central para assistir ao jogo. Mas, como não se pode ter tudo e há sempre algo que nos deixa a desejar, o Braga não saíu vitorioso. Fomos presenteados com o magnífico resultado de 1-0, no qual o número com menor valor nos pertenceu. 
Admito que não fiquei contente. 
Bem, ultrapassando este triste facto com o qual teremos de continuar a lidar, pelo menos durante mais uma semaninha, vou direccionar o assunto para outro ponto. No início do jogo, o Melo surpreendeu-me com a sua presença, permanecendo juntamente do Gonçalo, Pedro, Catty e Tiago, a meu lado. Sim, admito que me surpreendi com a reacção dele, fez-me relembrar os tempo em que nos conhecemos. 
Corroborando as teses da Clara, o Pedro tem mesmo reacções de criança. É verdade que dá para rir, mas muitas das vezes também é ligeiramente deprimente. Apesar disto, não deixa de ser simpático e minimamente acessível. Continuando com este assunto, a Clara, mal sentiu a presença do Pedro, afastou-se de mim e da Sofia, mantendo-se durante todo o jogo a uma distância, de sensivelmente quatro pessoas de nós. Completamente inacreditável. 
O Gonçalo quase que chorou com o resultado final. Mas não foi o único, todos eles mostraram descontentamento, ou melhor, não mostraram, simplesmente porque o silêncio reinou naquela avenida para aí durante uns três minutos seguidos, após o fim do jogo. 
Consegui estar com o Melo como se "nada tivesse acontecido". Sei que a nossa amizade nunca vai ser o que foi durante aqueles tempos, mas ao menos, já me sinto bem com a sua presença e sim, tenho conversas com ele, o que me deixa com muito mais agrado.
Passados uns minutos do jogo se dar por terminado, todos começaram a abandonar os lugares, tendo apenas ficado no recinto, eu, a Clara, o Pedro e a Catty. Sim, o Melo deixou-me sozinha com o Pedro e a Catty! Por isto, vivi um dos momentos mais estranhos da minha vida. Não havia qualquer assunto que podia ser partilhado. Não me ocorria nada interessante para atirar para o ar. O Pedro apenas manifestava simples expressões baratas sem sentido, às quais a Clara respondia sempre com um mero "pois.." ou apenas o insultava de forma carinhosa. Eu, motivada para, pelo menos, tentar trocar umas breves palavras com a Catty, encontro esta com os olhos postos no telemóvel, a todo o momento. Arranjada uma solução pela irmã da Clara (13 anos, que também nos tinha acompanhado naquela noite), fomos ao McDonalds com o intuito de eles comprarem um cheeseburger. E assim o fizeram. Posto isto, viemos embora.

Hoje, estava, mais uma vez, a almoçar com a Teresa em frente ao bragaparque e somos surpreendidas com a presença do Melo. Mais uma vez, não foi nada estranho. Tudo está a tomar um rumo normal e acho que já estava na altura de isto acontecer. A acrescentar, cruzámonos, também, com a Dânia e com o Tiago, o qual nos acompanhou durante quase todo o percurso até à escola, mantendo uma conversa agradável e, pelo que ele diz, aparecemos na televisão, quando estavamos na avenida a assistir ao jogo.
O André mostra, a cada dia que passa, ter uma personalidade ainda mais fraca do que o esperado.


Hoje, apercebi-me que o fecho da minha pulseira tem gravado a palavra Luz (: