03/06/11

Arrancar voluntariamente uma página.

Ilegalidades.
Porque é que custa tanto quebrar as normas?
Era tudo tão mais fácil se nos regêssemos apenas pelas emoções. Se a racionalização fosse meramente subjectiva, não teríamos qualquer "peso na consciência", por, por mero acaso, intencionalmente cometer um crime.
Sinceramente, parecia que o destino me empurrava naquela direcção. Foi repentino. Foi instintivo. Foi como que leitura de pensamentos. Foi como se visse, mais uma vez e por mais estranho que pareça, para além do que é suposto ter acesso. Foi como se tudo me pertencesse. Como se eu fosse capaz de ver, de contemplar qualquer canto de cada ser que me rodeia. Ao mesmo tempo, foi estranho. Sim, estranho.
Mas mesmo arrependida, arrependida não é bem o termo, é mais surpreendida, avancei em direcção à forca. Envolvi-me de tal maneira na corda que agora, duvido que seja capaz de a apagar da minha história pessoal.
A acrescentar a isto, tenho a sensação que tudo isto vai ter consequências negativas. Tanto para um lado como para o outro. Para todos os lados. A informação está suspensa no mais frágil e quebradiço recipiente que poderia estar.O que faz com que me sinta cada vez mais inútil.