29/05/11

Papel de Parede?

Deve ser muito difícil. Admiro-a. Ela é forte. Persistente. Sofre. Sofre muito. Chora. Mas conseguiu. E no fim e apesar de tudo, está tranquila. Deve custar muito.

A verdade, é que eu nunca faria tal coisa, nas condições em que ela se encontrava. Não seria capaz. Tanto não conseguiria lidar com o montão de perguntas e respostas que surgiriam, como estaria para além de mim enfrentar as expressões faciais que o assunto provocaria.
Mas a Clara, não. A Clara tomou uma decisão e levou-a até ao fim. É um exemplo. Um exemplo de que mesmo que o sucedido não esteja a nosso favor, devemos sempre enfrentá-lo, devemos sempre mostrar aos outros o tamanho do nosso sentimento por eles, sejam eles quem sejam, e assim tornar o nosso caminho, num caminho iluminado, num caminho que não tem segredos nem dúvidas. E ela não está arrependida. Sinceramente, também não me arrependo de não a ter impedido de o fazer. Não, o resultado não foi o programado, mas não deixou de ser parcialmente agradável. E por mais que, nestes dias, os seus olhos reflictam o seu sofrimento, isto vai passar. Vai passar e vai tornar-se num momento bom de recordar. Vai ter boas consequências. E disso eu tenho a certeza. Mesmo.



Representações repetidas.

28/05/11

Levar as mãos à cabeça.

"E deixam de ser amigas assim de um dia para o outro?"
Não. Não foi de um dia para o outro. Não, ela já não é minha amiga. Foi das pessoas que mais me/nos desiludiu. E ontem, fez questão de recalcar esta opinião. Depois de ter passado o jantar todo calada e isolada apenas porque foi contrariada acerca do restaurante, teve a lata de ir embora, ir ter com os amigos, passar e fingir que não viu. Muito bom. Óptimo. Não me afecta minimamente, mas a maioria das pessoas não tem o verdadeiro conhecimento da pessoa que ela é.

Carlinhos dos Ídolos no Bragaparque! Fomos a correr atrás dele, tiramos uma foto e falamos com ele. Oh meu Deus, o João vai-me matar por ter posto a foto no facebook, mas eu tinha mesmo de partilhar aquela relíquia!

Sim, até que gostei da noite.

Sessão do grupo. Gostei da sessão. Mas o meu problema não é esse. O meu maior problema é ter capacidade para falar em público. É conseguir partilhar os meus pensamentos em voz alta. É dar-me a conhecer. É mostrar o que passa a cada momento na minha cabeça. Por mais que tente, não consigo ultrapassar isso. E é das realidades que mais me incomoda e que mais me desilude em relação a mim mesma.

25/05/11

Realidade: deformação lateral.

Não, hoje não estou nada para aqui virada. Mas sinto necessidade, tenho que partilhar isto, mesmo sabendo que esta história não vai significar nada para mais ninguém. E mesmo sabendo que fui completamente proibida de falar neste assunto, fosse a quem fosse. 
Bomba.
Conclusões: o Melo precisa de acompanhamento psicológico. Ou melhor, não precisaria se à volta dele estivessem as pessoas certas, estivesse quem realmente o confrontasse com as realidades e não tivesse qualquer receio em mostrar-lhe claramente os seus erros. E digo isto, porque são erros graves. São erros que envolvem sentimentos. Sentimentos alheios. Sentimentos que nem ele, nem ninguém, tem direito de tratar como "tijolos". Sentimentos verdadeiros. Sentimentos que ele, até hoje, desconhece o que os envolve, o que os provoca. Sentimentos que ele julga ter percepção, mas que para ele, não passam de simples emoções. Emoções das quais toma consciência, mas com um tempo máximo de três meses.
A minha maior vontade? A minha maior vontade é ser eu mesma a tomar as atitudes que lhe faltam. É ser eu a agir, já que me acho a única com coragem/estatuto para tal. Mas, e neste caso há um "mas" bem relevante, não é suposto eu saber de uma linha desta história. Acima de qualquer coisa, eu não sei de nada. 
O André é um fraco. É um Melodependente. Tem a mania e julga-se importante na vida do Melo, quando nem ele nem ninguém que o rodeia é capaz de lhe dizer tudo o que pensa acerca das suas atitudes. Isto, para mim, não é ser amigo. Não é ser nada. Melhor, é ser pior que nada.
Não vou julgar ninguém. Não julgo ninguém. 
Mas isto, é justo?

Dois quilómetros e quatrocentos metros. A correr. Foi muito bom. 
Trabalho de Área de Projecto. Realidades desconhecidas. Realidades Chocantes. Situações inacreditáveis. Espero que consiga tratar a informação com pormenor e conseguir obter um resultado final como o que já idealizei.
E Madrid?

23/05/11

Paredes Manchadas.

Estou completamente estoirada.
Acho que hoje fiz mais exercício do que em algumas semanas seguidas.
Estou cheia de sono, transbordo calor dos poros e não seguro as pálpebras.
Mas hoje, hoje relembrei alguns momentos.
Hoje vi, mais uma vez, a Teresa chorar.
Hoje comi morangos.
Hoje andei de cabelo apanhado.

1- Pelo que li, num outro blogue, hoje faz um ano que a Índia morreu. Faz um ano que uma criança de seis anos foi morta pelo seu próprio pai, depois de assistir à morte da mãe. Faz um ano que me apercebo que uma das pessoas mais importantes para mim (mesmo sendo este facto das sensações mais estranhas que vivi, mesmo sem saber como isto pôde ser possível) está no auge do sofrimento. Sim, é verdade que nunca o vi sofrer tanto com alguma coisa. Mas na altura, eu não sabia disto. Hoje, hoje sei que sofreu, sim, talvez mais, muito mais. Há um ano atrás, nada mais percorria a minha cabeça a não ser o seu estado de espírito. Há um ano atrás não conseguia fechar os olhos sem o imaginar à minha frente, sem o imaginar envolvido num abraço que transmitia toda a minha força para os seus músculos. Como tal não era possível, tentei retratar esta força num papel, e pelos vistos consegui. Fico feliz por isso, fico feliz, porque sei que valeu a pena. Sei que, daquela vez, marquei alguém, marquei algum momento, fiz a diferença na vida de alguém que precisava de mim. Na vida de alguém que já afirmou que sem a minha acção anterior nada teria sido o mesmo.
Actualmente, não faço ideia se relembrou tal facto. Tenho a certeza que sim. Tenho a certeza que pelo menos uma lágrima percorreu aquele rosto. Tenho a certeza que aquela folha de papel foi contemplada mais uma vez. Mas, sinceramente, gostava de o olhar nos olhos. 

2- "And high up above or down below when you're too in love to let it go, but if you never try, you'll never know just what you're worth." É bem verdade. E ela não sabe o que vale. Chora, re-chora e volta a chorar. E porquê? Nem vale de nada perguntar. Apenas uma representação, uma figura, uma palavra, apenas aqueles momentos se apoderam dela, da sua fraqueza interior corroendo cada veia por onde o seu sangue corre fugazmente borbulhando, cada vez que o assunto é literalmente transposto para palavras. No fundo, isto também me deixa mal. Também me deixa sem jeito. Também me deixa sem saber o que rematar a seu favor. Também me deixa no meio do deserto a tentar descobrir as diferenças entre dois grãos de areia. Também me deixa sem saber qual deles é que meto no bolso. Deixa-me sem saber qual deles pesa mais. Sem saber qual é que me faria reviver tudo. Qual deles ocuparia mais espaço.

22/05/11

Recalcar.

London Skies - Jamie Cullum


Paint a picture
Clear cut and pale on a cold winters day
Shapes and cool light wonder the streets like an army of strays
On a cold winters day


Will you let me romanticize
The beauty in our London skies
You know the sunlight always shines
Behind the clouds of London skies


Patient moments chill to the bone under infinite grey
Vision hindered mist settling low like a ghostly ballet
On a cold winter's day


Will you let me romanticize
The beauty in our London skies
You know the sunlight always shines
Behind the clouds of London skies


Nothing is certain except everything you know can change
Worship the sun but now
Can you fall for the rain


Will you let me romanticize
The beauty in our London skies
You know the sunlight always shines
Behind the clouds of London skies.


I want to be there, again. (:

21/05/11

Cimentar.

Porque é que é tão difícil conhecer a verdadeira identidade das pessoas?
Porque é que nem toda a gente é transparente?
Porque é que as diferentes presenças nos influenciam os comportamentos?
Porque é que as nossas reacções afectam os outros?
Porque é que as maneiras de agir dos outros nos afectam?
Porque é que o que deveria estar longe, aparece perto?
Porque é que o queremos junto a nós, não é automaticamente atraído?
Porque é que não nos manifestamos apenas em relação ao que nos interessa positivamente?
Porque é que somos incapazes/impossibilitados de mostrar os sentimentos?
Porque é que o facto de sermos capazes de sentir não é uma qualidade do ser humano?
Porque é que o nosso caminho depende das nossas escolhas?
Porque é que não podemos ser genuínos?
Porque é que as opiniões dos que nos rodeiam são importantes?
Porque é que não aceitamos as diferentes características sem julgar?
Porque é que pensamos de maneiras diferentes sem fundamento?
Porque é que somos obrigados a conformar-nos com as acções alheias?
Porque é que não vivemos num mundo de príncipes e princesas?
Porque é que não há um monte de castelos de pedra?
Porque é que não se vêem cavalos brancos na rua?
Porque é que não me vejo no meu reflexo?

Buracos Escondidos.


Concluindo que não se nomeia de convergente, nem divergente. É apenas pensamento. 
É uma emoção, não um sentimento. 
Uma emoção intemporal, tal como todas as outras, que, sem eu me aperceber, me vai abandonar. 

19/05/11

Abrindo as janelas.

As preces foram ouvidas e não chegou a cair uma gota de chuva durante a estadia na avenida central para assistir ao jogo. Mas, como não se pode ter tudo e há sempre algo que nos deixa a desejar, o Braga não saíu vitorioso. Fomos presenteados com o magnífico resultado de 1-0, no qual o número com menor valor nos pertenceu. 
Admito que não fiquei contente. 
Bem, ultrapassando este triste facto com o qual teremos de continuar a lidar, pelo menos durante mais uma semaninha, vou direccionar o assunto para outro ponto. No início do jogo, o Melo surpreendeu-me com a sua presença, permanecendo juntamente do Gonçalo, Pedro, Catty e Tiago, a meu lado. Sim, admito que me surpreendi com a reacção dele, fez-me relembrar os tempo em que nos conhecemos. 
Corroborando as teses da Clara, o Pedro tem mesmo reacções de criança. É verdade que dá para rir, mas muitas das vezes também é ligeiramente deprimente. Apesar disto, não deixa de ser simpático e minimamente acessível. Continuando com este assunto, a Clara, mal sentiu a presença do Pedro, afastou-se de mim e da Sofia, mantendo-se durante todo o jogo a uma distância, de sensivelmente quatro pessoas de nós. Completamente inacreditável. 
O Gonçalo quase que chorou com o resultado final. Mas não foi o único, todos eles mostraram descontentamento, ou melhor, não mostraram, simplesmente porque o silêncio reinou naquela avenida para aí durante uns três minutos seguidos, após o fim do jogo. 
Consegui estar com o Melo como se "nada tivesse acontecido". Sei que a nossa amizade nunca vai ser o que foi durante aqueles tempos, mas ao menos, já me sinto bem com a sua presença e sim, tenho conversas com ele, o que me deixa com muito mais agrado.
Passados uns minutos do jogo se dar por terminado, todos começaram a abandonar os lugares, tendo apenas ficado no recinto, eu, a Clara, o Pedro e a Catty. Sim, o Melo deixou-me sozinha com o Pedro e a Catty! Por isto, vivi um dos momentos mais estranhos da minha vida. Não havia qualquer assunto que podia ser partilhado. Não me ocorria nada interessante para atirar para o ar. O Pedro apenas manifestava simples expressões baratas sem sentido, às quais a Clara respondia sempre com um mero "pois.." ou apenas o insultava de forma carinhosa. Eu, motivada para, pelo menos, tentar trocar umas breves palavras com a Catty, encontro esta com os olhos postos no telemóvel, a todo o momento. Arranjada uma solução pela irmã da Clara (13 anos, que também nos tinha acompanhado naquela noite), fomos ao McDonalds com o intuito de eles comprarem um cheeseburger. E assim o fizeram. Posto isto, viemos embora.

Hoje, estava, mais uma vez, a almoçar com a Teresa em frente ao bragaparque e somos surpreendidas com a presença do Melo. Mais uma vez, não foi nada estranho. Tudo está a tomar um rumo normal e acho que já estava na altura de isto acontecer. A acrescentar, cruzámonos, também, com a Dânia e com o Tiago, o qual nos acompanhou durante quase todo o percurso até à escola, mantendo uma conversa agradável e, pelo que ele diz, aparecemos na televisão, quando estavamos na avenida a assistir ao jogo.
O André mostra, a cada dia que passa, ter uma personalidade ainda mais fraca do que o esperado.


Hoje, apercebi-me que o fecho da minha pulseira tem gravado a palavra Luz (:

18/05/11

Canto direito: vermelho.

Tudo à minha volta está parcialmente da cor do sangue.
Não é que eu atribua muita importância a este tipo de coisas, mas a verdade é que, talvez enquanto eu for viva, este facto não se volte a repetir. 
Temos o Sporting de Braga na final da taça UEFA e cheira-me que esta cidade vai parar durante duas horas, pelo menos. 
Tenho fé que se o resultado for positivo para o nosso lado, façam do dia de amanhã um feriado, pois assim, também se dava uma pequena prenda aos adeptos (ou lá que nome lhes queiram atribuir) que tanto berraram e tanto dinheirinho despendiaram em prol deste clube, do nosso clube. 
Claro que não me nomeio adepta de qualquer clube de futebol, mas também é óbvio que se a equipa da minha cidade natal fosse campeã, (ainda por cima tendo como adversários aqueles que se julgam os melhores), não ficaria nada descontente.
Esperemos que durante o jogo não caia uma gota de chuva e que o chão da avenida central se encontre sequinho e limpinho para me receber.

16/05/11

Olhadela para o tecto.


Ainda bem que andam bicicletas em contra-mão, na estrada.
Ainda bem que andam bicicletas sem travões, na estrada.
Ainda bem que eu estava numa passadeira.
Ainda bem que fui atropelada por uma dessas bicicletas.
            Ainda bem que estava a ouvir Justin Bieber.


14/05/11

Surpresa presencial.

Parece que, pelos vistos, abriu os olhos. 
Confrontou-me, mesmo frente a frente, com o facto de não cruzar o meu olhar com o dele, com o facto de não me ver interessada em dirigir-lhe uma palavra. 
Segundo ele, eu tinha a culpa de tais acontecimentos. 
Não foi uma conversa séria, não. Mas foi uma conversa que era necessário ter acontecido, muito necessário. 

Apesar disto, tenho uma necessidade interior de lhe mostrar o quanto a presença constante dele me faz falta. Mas, da maneira como tudo está indicado, isso não acontecerá, pelo menos tão cedo. E depois, poderá ser tarde demais. 

Em relação à Teresa, o caso ainda se agravou. Não se dignou a falar com ela, apenas a despedir-se e a mandar uma boca "para o ar", apenas para ser ouvido. Neste caso, nem a íris foi apreciada. 
Isto custa. Mas custa, não só por causa de tudo o que aquela personagem tem feito, mas sim, porque a Teresa sofre com isso. E sofre muito. Ela não mostra, não se manifesta, ou melhor, manifesta-se, mas não em quantidade suficiente que se possa igual ou sequer assemelhar ao que ela sente. 
Não é uma situação fácil, para ninguém.

Diversas tonalidades.


E quem disse que viver é fácil?
Hoje, a professora de psicologia esteve a falar acerca do que nós ensinávamos ao nosso cérebro, o que nós fazíamos para ser completamente felizes. Bem, pensar? Isso é apenas antes de agir. Depois de tomada a decisão, levamo-la até ao fim, sem interrupções, ou seja, sem desistências e sem retrocessos. Não vale de nada pormos de parte o que nos faz feliz devido a algum adamastor que se atravessa no nosso caminho. As dificuldades são para superar, mas sempre, sem nunca pôr em causa atingir o objectivo da nossa decisão. Sim, custa. Mas, e quem disse que viver é fácil?

Batendo mais uma vez no assunto amizades, o Melo começou a falar no msn, claro, apenas para fazer uma chamada de horas que tinha como tema principal “A Escolha da Música para o Sarau.”. É claro que, nestas alturas, há sempre alguém a quem ele recorre. Eu. Para além desta, mais alguma? Claro que não.
Segundo o João Nuno, se tal situação fosse vivida por ele, o Melo já teria ouvido umas boas palavras, por mais que não quisesse. Mas eu sei, eu sei que não vale a pena. O que é momentâneo, é tal e qual o que a palavra reflecte, vivido apenas no momento, durando apenas e só, aquele momento. E isto, não merece qualquer pena.

A Sofia. A Sofia é uma das pessoas com quem eu me sinto melhor, neste mundo. Acho que, depois de tudo o que nós já passamos, nada vai fazer com que nos separemos para sempre. Ela vai ser sempre a minha Sofia. Gosto demasiado dela e já estivemos imenso tempo afastadas, para eu deixar que algo de mal aconteça. Ela merece tudo de bom, merece tudo do melhor, mas nem sempre temos o que merecemos, ao contrário do que enuncia o tão famoso provérbio. A Sofia deixou-se levar pelas pessoas erradas. A Andreia. A Lídia. Quanto à primeira, não deixa de ser minha amiga, apesar de já nada ser o que era. A segunda, sempre tive a mesma opinião dela, falsidade a predomina.
As minhas teorias vêm a confirmar-se quando a própria Sofia me telefona a comunicar que as tão amigas dela, a tinham deixado sozinha, pelo menos por duas vezes, à espera do autocarro. Trocando por miúdos, entraram no autocarro sem ela e partiram, sabendo que esta iria realizar o mesmo percurso que elas, exactamente à mesma hora.
E isto, chama-se amizade?
Para mim, e tal como para a Sofia, há gente que não merece o nosso esforço. Sim, pode-se manter um certo contacto, mas nada mais que um pouco de confiança superficial. De resto e para o resto, estão aqueles, aqueles a quem se telefona, mesmo passado algum tempo sem desfrutar da sua presença, para desabafar, para ouvir chorar e para viver connosco o que sentimos.

O Convento de Mafra é dos melhores monumentos de Portugal, sem qualquer dúvida.
O Memorial do Convento é respeitado por mim.

O que conta, é o hoje, é o agora. Porque afinal só ele é que existe.

08/05/11

Bom caminho: tons claros.

Bem, pelo menos espero que com algum esforço, o dito normal se aproxime. Sim, foi reconfortante, passado um mês, trocar algumas palavras com ele. 
O André está cada vez mais "dedicado" à Teresa. Mal nota a ausência dela, aproxima-se imediatamente para tentar estar informado. É mesmo bom, quando se sente que apenas vêm falar connosco devido à presença/ausência de outras pessoas. Mas, quanto a isso, já quase que me habituei. É tal como a uma rotina diária que tenho de encarar.

Vi Os Azeitonas ao vivo no primeiro dia do Enterro da Gata' 11! Foi mesmo, mesmo como eu estava a espera, eles são muito bons. Apesar da incansável chuva não me ter largado a noite inteira e de o resultado disso terem sido os meus dois banhos de ontem (tendo sido só um deles na banheira), foi como que um consolo poder ouvir a "Anda Comigo Ver os Aviões" debaixo das gotas da chuva e cantá-la ao mesmo tempo que o vocalista, que diga-se de passagem, tinha uns arzinhos de John Mayer. 
À última da hora, os pais da Teresa não a deixaram ir, ou seja, fiquei a noite toda com a Joana Botelho, o João Nuno, a Joana, o Neto, a Natália e a Daniela. Não foi mau de todo. 
Quanto ao Rui Veloso, não vi o concerto até ao fim, a chuva tornou o ambiente um pouco desconfortável e acabei por me vir embora. Mas sim, também desfrutei da sensação de cantar a Nunca Me Esqueci de Ti e a Todo o Tempo do Mundo (entre outras, claro) debaixo do chuveiro natural que nos fazia companhia. Sim, gostei. 


E disto, nunca me vou esquecer.

06/05/11

Conclusões precárias.

Afinal, há coisas que acontecem como eu menos espero. Muitas coisas, muitas, muitas coisas.

05/05/11

Influências alheias.

Se a irresponsabilidade fosse crime, já não usufruía da presença da minha professora de Química, quase todos os dias da semana. 
Realmente, é de louvar a capacidade de chegar atrasada que aquela menina tem. Sei que não posso falar muito de alto, mas ela tem um estatuto bem diferente do meu, diga-se de passagem. A acrescentar a isto ainda temos a "reduzida" hesitação a que somos sujeitos enquanto esta tenta explicar o programa da disciplina que temos de interiorizar. E passo a citar a constante insistência, da parte dela, em se assemelhar aos alunos. 
Ao menos, com isto, ainda se consegue colocar no nosso lugar e ter a decência de não marcar falta a nenhum de nós, por nos termos vindo embora, depois de recebermos a informação que meia hora depois do toque de entrada, afinal  a nossa querida professora, apareceu! 
Apenas consigo concluir um ideal: aquilo que for o meu futuro, aquilo que eu fizer durante a minha vida, hei-de fazê-lo com competência, hei-de tentar ter noção do meu estatuto e comportar-me de acordo com tal.



Daqui a umas horas vou tentar resolver uma das minhas maiores preocupações.

02/05/11

Dar um passo à frente.

Oh, eu de uma coisa tenho toda a certeza. Tenho a Teresa comigo para tudo.
E ela, é a única capaz de me dizer, olhando-me nos olhos, que gosta mesmo de mim. (:

01/05/11

Encostar-me à parede.

Há situações que me ultrapassam. 
É de tal forma fantástico pensar e concluir que tudo o que fazes é desprovido de qualquer valor possível. 
É, mais uma vez, fantástico, aperceberes-te de que nada nem ninguém está a teu favor, de que nada nem ninguém te acompanha, que estás contigo e só contigo e que apenas tens um lugar fixo para observar, o teu interior. 

Acho que tenho, nem que seja uma noção, da quantidade exagerada de características consideradas defeitos que fazem parte de mim. Também, se não a tiver, tenho a certeza que alguém ou que alguma situação me vai fazer questão de mostrar e de dar a entender. 
Diariamente lido com isto. 
É costume afirmar que depois de se repetir constantemente algo em que se acredita, essa situação passa a ser considerada verdade, tanto para nós próprios como para quem nos ouve/rodeia. E realmente é isso que se passa. Hoje em dia, tenho noção que é verdade tudo o que dizem ou pensam acerca de mim. Não sou uma pessoa fácil de gostar e as evidências o provam. Não sou uma pessoa fácil de conhecer. Não sou uma pessoa acessível. Não sou uma pessoa que dá tudo dela própria para atingir o que realmente quer. Não sou uma pessoa com objectivos. Não penso. Ou melhor, não raciocino. Não sou definida.
E suma, não sei quem sou. E se algum dia souber, vai ter que ser longe de julgamentos e depressões.

Tenho o cabelo comprido, mas mesmo assim, consigo afirmar com todas as letras, que estou pelas pontas dos cabelos com o ambiente familiar em que vivo.

Instinto Cromático.


Há coisas que marcam. Nem que seja pela simplicidade da fantasia com que são vividas.