27/06/11

Olhar de frente.


"After all, we're only human."

Enfrentar a realidade.







Qual é o objectivo?
Qual é a vantagem?
Dá algum prazer?
Faz sorrir?
Provoca sentimento de poder?
Sinceramente, ultrapassa-me a razão porque os exames estão, hoje, a atingir tais dificuldades, quando, olhando para os anos passados, tudo era feito quase a brincar. Sim, afirmo que conseguiria, em qualquer exame já realizado ao meu nível actual de escolaridade, obter quase a classificação máxima. Com o exame de hoje, não. 
Há outra hipótese. A minha falta de concentração. Não vou negar que errei exercícios que se estivesse em casa, nãos os erraria de certeza, mas assim aconteceu. Por isso, a culpa não pode recair apenas em quem teve a (in)feliz ideia de elaborar aquele exame, como também recai, sem sombra para dúvidas, em cima de mim. 
Não vou concretizar os meus objectivos. Talvez não acabe o secundário realizada. Ou então, é possível que venha a tentar a segunda fase de exames.
Contudo, se conseguir manter a média actual, talvez não me proponha à segunda fase, visto que, actualmente, a minha lista de cursos possíveis para entrada na Universidade é dotado de uma média bastante inferior à minha, de momento. 
Afinal, não foi com o fim dos exames que me tranquilizei, muito pelo contrário. E é só nestes momentos, que alguém sabe o que é sentir revolta interior, desilusão própria. 
Isto é ter conhecimento do significado de inferior.


22/06/11

Lembranças inexistentes influenciáveis.


   
      É como se a conhecesse desde que me lembro de existir.


E um já foi.

09/06/11

Indicações inconscientes.

E foram mais três anos.
Três anos que me fizeram crescer, crescer muito. Três anos que me mostraram certas e novas realidades do ser humano. Três anos que apagaram qualquer inocência evidente. Foram três anos em que conheci pessoas que nunca esquecerei, seja por um motivo ou por outro. Foram três anos de infinitas indecisões e precipitações. Três anos que me mudaram completamente. Três anos que me construíram e transformaram.  Foram dias, semanas, meses de rotina que tornaram aquele ambiente familiar. 
Foram os três anos do secundário. 
Admito que me arrependi de muita coisa. Muita não, imensa, mais do que possa imaginar. É verdade que faria tudo, sim, sublinho tudo, de forma diferente. Mas no fundo, gostei.
Ainda parece que foi ontem aquele dia em que não aguentava os nervos, O dia em que teria de estar na escola nova, na escola grande, na escola diferente, na minha nova escola, às 9h30 da manhã para a apresentação à nova turma. Foi na senhora à branca, com uma saia branca que me encontrei com a Teresa e a Joana e, rapidamente, nos encaminhámos para dentro do edifício que, a partir daquele dia, seria o nosso abrigo. 
O primeiro encontro não foi do melhor. Quer dizer, foi como o dito "normal". Conhecemos a nossa directora de turma, Assunção Coutinho, que nos disse imediatamente que as nossas vidas teriam de se adaptar a um ritmo diferente. Na verdade, assustou-nos. Recordo-me, assim de repente e numa memória mal formulada e rápida, do João Nuno, depois de a professora de Matemática nos ter mandado sentar por ordem numérica, sentado na segunda fila de mesas, na segunda carteira, atrás de mim, a dirigir-se para a tal professora com um à vontade tremendo, como se sempre a conhecesse. Naquele momento, não fazia ideia de quem seria aquele rapaz, nem de onde vinha.
Muita coisa evoluiu e o décimo ano foi memorável. Sentada na última mesa da primeira fila do lado da janela, vivi dos momentos mais marcantes da minha estadia naquela escola. Foi aí que aprofundei o meu relacionamento com a Teresa, foi aí que construí a minha amizade com o João Nuno, era lá que controlava cada passo, através da janela, do dito cujo que ocupou a maioria do meu tempo naquele ano, foi encostada àquela parede que reflecti sobre tudo, tive conversas sérias e risadas infinitas, das melhores de sempre. Foi lá que fiz o concurso diário de snake da máquina de calcular contra o João Nuno, foi naquele sítio que adormeci nas aulas de biologia... As aulas de biologia. Como eu me lembro da primeira aula de biologia, a aula em que eu pensei "eu até gosto disto, é interessante e diferente", a aula em que me iludi e a partir da qual me desiludi em relação a este aspecto. Mas, sim, foi naquela cadeira que tive vontade de chorar, foi naquela cadeira de desenhei, pensei, sorri, ri, falei e partilhei dos melhores momentos da minha vida, com as pessoas que considero das mais prestigiosas.. Foi naquele sitio, no melhor lugar daquela sala que nasceram Os Mosqueteros, os quais hoje em dia já não são nem relembrados; "vamos formar um grupo? Vamos! Chama-se Los Mosqueteros, sempre quis ter um grupo destes". Sim, foi memorável, foi lindo e único. 
Quanto ao segundo ano que lá vivi, admito que não foi tão agradável. Afinal, nada como o primeiro. Durante o início foi a interiorização obrigatória do esquecimento, da indiferença perante um dos casos que, não vou negar, me marcou mais naquela escola. Nunca me vou esquecer dos momentos que passei por causa dele, não me vou esquecer dos sorrisos que trocámos, das alegrias que ele me provocava inconscientemente. Nunca me vou esquecer daquele brilho, aquele brilho especial, que agora já não existe, mas que eu contemplei, sim, que eu conheço talvez melhor que ninguém, neste mundo.  É de trazer à memória que aquela escola, no meu décimo primeiro ano, era a confusão total. Obras começam, bar muda de instalações, filas misturadas, aulas em contentores, casas-de-banho piores que na idealização, multidão ao rubro, no fundo, bagunça total. Foi um ano de que, sinceramente, não me consigo lembrar ao pormenor, penso que passou relativamente rápido, mais rápido do que este último talvez. 
Décimo Segundo ano. O derradeiro. 
Sinceramente, foi durante este ano que afirmei convincentemente que aquela era a minha escola. Foi um ano de novas decisões, foi um ano de escolhas, de uma alteração, embora mínima, na rotina habitual. Mas foi o ano que vou relembrar para sempre. Conheci pessoas fantásticas. Descobri pessoas menos agradáveis, aprendi a lidar com partes da minha e da personalidade alheia. Conheci-me, de certa forma. Cresci, sim foi o ano em que mais cresci, em que me tornei mais consciente. Foi durante estes dias que fiz daquela turma os meus companheiros de uma das caminhadas com maior importância a nível pessoal. Foi neste ano que os confrontei com realidades, que os conheci, que os interpretei. Foi um ano repleto de surpresas. Era de louvar o dia que não havia uma "novidade" para contar, infelizmente. Depois da surpresa, vem a aceitação, o conformismo em relação aos outros. Poderia ter sido melhor, mas foi muito bom. 
Agora acabou. O último dia foi despachado, sem grande noção ou percepção do que nos espera. Mas acabou. Acabou a luta pelas médias, acabou a rotina. E agora é que tudo se vai pôr à prova. Agora é que se vai ver o que realmente é/foi verdadeiro. 
A partir de hoje, a Carlos Amarante não é mais a minha escola. Aqueles que me acompanharam durante três anos não são mais os meus colegas de turma. Tudo vai mudar e vai haver certos momentos, certas caras que não vão permanecer na minha memória por muito mais tempo. Tudo vai mudar.

O 11º ano, 2009/2010  (falta gente do 12º)


Não, não sei se me considero triste ou apenas em fase de lamentações. 

08/06/11

Início do sonho.

E é já amanhã.
Não sei se respire de alívio. Não sei se deixe escorrer uma lágrima de saudade. Não sei nada. Não sei o que me espera. Não sei o que acabou.

06/06/11

Adormecendo.


      

"But I never told you what I should have said. No, I never told you, I just held it in."
Há coisas fantásticas, não há? (:


04/06/11

Fechar os olhos.

Tal como eu previ, as consequências negativas já começaram a fazer notar a sua presença.

Nuca na parede.


Assemelharme-ei a Padre Bartolomeu Lourenço?
Conseguirei ser Belimunda perante mim mesma?
Terei a coragem e a determinação de Baltasar?

Cola seca.

Sonho. Ballet. Gulbenkian. Arrependimento. Recordações.
Mais uma sessão. Jantar de grupo. Conversa sem fim com a Inês S. Interessante. Gostei.
Tenho a percepção de que tudo está a andar à roda. Não quero, com isto, dizer, que as realidades se assemelham a um ciclo, mas sim, a um caminho sem fim e sem objectivos concretos em que nada está completamente definido.
Começando a enunciar, posso desde já afirmar que me sinto mais-que-arrependida, se é que isto existe, do que fiz ontem. Apesar de ter quase a total certeza de que "quem não deve saber" não tem qualquer conhecimento sobre o assunto, nem o põe em causa, parece, que talvez umas atitudes inconscientes venham à tona. Hoje foi estranho, não foi igual. E apesar de, nos dias de hoje, já nada esperar de seres alheios, achei peculiar a maneira como hoje nem me olhou, pelo menos até à minha intervenção.
O Daniel disse-me que o André tem , por vezes, atitudes que "fartam", atitudes que nem sempre é possível estar disposto a suportar. Mais uma vez, não planeava nada disto. Sim, mais uma vez, foi estranho. 
O próprio André também estava fora do normal, apesar de o meu instinto me comunicar que tem a ver com as palavras curtas que o Daniel partilhou comigo. 
Mais um aspecto que tenho a apontar é a relação do Melo e do André. As dimensões daqueles sentimentos/palavras/atitudes excedem o previsível e até o aceitável, visto que estamos perante dois seres que apenas existem, se desenhados.
Histeria da Carlinha. Sem palavras. 
Daniela G, caso perdido. Essa é mais uma das almas que ainda não se apercebeu que deveria, antes de qualquer coisa, abrir os olhos e projectar o seu olhar em direcção a algo que a conseguisse conduzir a um caminho favorável.
A verdade, é que nesta noite, contavam-se pelos dedos de uma mão, o dito de "comum" e expectante. 


Visto de fora é tudo muito bonito.
Aparentemente a cola é tal e qual qualquer outra acabada de abrir.


03/06/11

Arrancar voluntariamente uma página.

Ilegalidades.
Porque é que custa tanto quebrar as normas?
Era tudo tão mais fácil se nos regêssemos apenas pelas emoções. Se a racionalização fosse meramente subjectiva, não teríamos qualquer "peso na consciência", por, por mero acaso, intencionalmente cometer um crime.
Sinceramente, parecia que o destino me empurrava naquela direcção. Foi repentino. Foi instintivo. Foi como que leitura de pensamentos. Foi como se visse, mais uma vez e por mais estranho que pareça, para além do que é suposto ter acesso. Foi como se tudo me pertencesse. Como se eu fosse capaz de ver, de contemplar qualquer canto de cada ser que me rodeia. Ao mesmo tempo, foi estranho. Sim, estranho.
Mas mesmo arrependida, arrependida não é bem o termo, é mais surpreendida, avancei em direcção à forca. Envolvi-me de tal maneira na corda que agora, duvido que seja capaz de a apagar da minha história pessoal.
A acrescentar a isto, tenho a sensação que tudo isto vai ter consequências negativas. Tanto para um lado como para o outro. Para todos os lados. A informação está suspensa no mais frágil e quebradiço recipiente que poderia estar.O que faz com que me sinta cada vez mais inútil.

01/06/11

Catálogo.

Tenho andado um bocado afastada, mas a verdade é que nada de relativamente interessante tem acontecido. 
  • Já se acabaram as apresentações de trabalhos;
  • Só falta um teste: Matemática; 
  • Três dias depois de o concluir acabam as aulas;
  • Exames;
  • Matemática, Português e, mais uma vez, Física e Química. 
Tenho de me organizar e durante duas semanas, não farei mais nada se não estar com os livros à frente. Nada mais vai importar. A primeira fase de exames me espera. 
Madrid ainda está em suspenso.